Píeres flutuantes com núcleo de EPS são versáteis e têm alta durabilidade

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Píeres flutuantes com núcleo de EPS são versáteis e têm alta durabilidade

Os píeres flutuantes são estruturas que servem de atracadouro para embarcações de diferentes portes, além de suportarem o tráfego de pedestres. Podem ser fabricados a partir de plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV) ou concreto. Suas características modulares permitem a instalação de acessórios como escadas, passarelas e defensas. Usado em seu núcleo, o poliestireno expandido (EPS) garante a estabilidade do sistema.

“O EPS tem densidade reduzida, sendo basicamente composto de ar (98%) e matéria-prima (2%). O resultado é um elemento extremamente leve e flutuante por natureza”, destaca Denilson Rodrigues, consultor técnico do Grupo Isorecort. Outra propriedade do material que o torna bastante interessante para essa aplicação é a baixa absorção de água, em torno de 4%. Com isso, mesmo dentro do mar, lagos ou represas, não perde sua flutuabilidade.

“O poliestireno expandido substitui de maneira excelente os tambores, que são ocos e acabam permitindo a entrada de água, demandando assim manutenções constantes”, informa Sérgio Paulo Migliorini Urban, diretor da Pierglass do Brasil. Com a presença do EPS, toda a estrutura se torna mais leve e apresenta maior capacidade de carga. “Seu uso é bastante amplo e sem restrições, independentemente se a água é doce ou salgada”, complementa.

Além dos tambores, materiais de base plástica (polímeros) seriam alternativa para substituir o EPS no preenchimento dos píeres. No entanto, para esse tipo de uso, deve ser realizada a injeção de bolha de ar no interior dos polímeros, com o objetivo de torná-los mais leves e flutuantes. “Podemos comparar com as boias de borracha, que vazias não desempenham nenhuma função”, contrasta Rodrigues.

COMPOSIÇÃO

A estrutura é composta pelo miolo de poliestireno expandido recoberto por outro material. Afinal, como o EPS é extremamente leve, a estabilização do sistema depende do lastro existente na parte inferior. “É semelhante ao que acontece com os barcos”, conta Rodrigues. O revestimento também evita o contato direto com a água, protegendo o núcleo de contaminações causadas por possíveis vazamentos de combustível das embarcações.

Os píeres flutuantes são formados por blocos interligados. Essa configuração é importante para que o movimento das águas seja acompanhado, o que não aconteceria em caso de estrutura única e rígida. Peças monolíticas se tornam instáveis se atingidas por agitações provocadas pelas ondas do mar. Situação semelhante ocorre na água doce, com as ondulações causadas pelo deslocamento de veículos aquáticos.

Cada píer flutuante tem suas medidas e configurações próprias, determinadas em função das necessidades de cada instalação. Dependendo das condições, deve ser desenvolvido projeto para indicar a densidade exata do material e a geometria ideal. “A largura dos blocos tem sempre que ser maior do que a altura, normalmente, em duas vezes. Isso para proporcionar a estabilidade”, detalha Rodrigues.

TIPOS DE USO

De acordo com Urban, a solução é ideal para o embarque e desembarque de pessoas e materiais, criação de áreas de lazer flutuantes e até serve para atividades mais técnicas, como inspeções de linhas adutoras e captação de água. “É alternativa bastante comum no Brasil”, informa. A estrutura tem montagem e desmontagem simples, inclusive, permitindo que seja transportada para outros locais. A versatilidade possibilita ainda ampliações e modificações.

“Essa é uma solução comum no mundo todo, mas que não costuma ser tão divulgada por ser um tipo de obra que chama pouca atenção das pessoas que estão fora desse mercado”, avalia Rodrigues, destacando que o material tem ainda o baixo custo em sua lista de vantagens. “Sua fabricação elimina a necessidade de fôrmas, afinal, o EPS pode ser recortado no formato que será utilizado”, complementa.

MANUTENÇÕES

A vida útil dos píeres flutuantes é bastante elevada, propriedade decorrente dos materiais presentes em sua composição. “É baixa a necessidade de manutenções e, quando acontece, basicamente ocorre nos revestimentos. Já o EPS não pede nenhuma intervenção periódica, pois tem durabilidade bem maior do que os demais itens que compõem o sistema”, afirma Urban.

Quando incorretamente descartado na natureza, estima-se que o poliestireno expandido permaneça por cerca de 400 anos sem se degradar. “Também por isso sua reciclagem deve ser estimulada”, destaca Rodrigues. O fenômeno se explica pelo fato de o material não ser atacado por microrganismos, nem mesmo existem bactérias que o utilizam como alimento. O cenário é idêntico até com as peças submersas.

“Quando colocado na água, o máximo que pode acontecer é a incrustação de algas depois de muito tempo — algo comum a todos os objetos no fundo do mar. Mesmo assim, a vida marinha não o ataca, sendo necessária somente uma limpeza com jatos d’água quando necessário. Ou seja, a manutenção será mínima”, diz Rodrigues.

NOVIDADES NO MERCADO

Com o setor de desenvolvimento que atua em diferentes segmentos, como o de marinas. A empresa desenvolveu polímeros flexíveis visando revestir o EPS e criando solução bastante interessante para os píeres flutuantes. “As peças podem ser personalizadas de acordo com o projeto, pois se encaixam de maneira semelhante aos brinquedos de montar. Além disso, a solução tem camada aderente para evitar que as pessoas escorreguem ao caminhar sobre a superfície que está constantemente molhada”, finaliza Rodrigues.

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br 

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