Economia e eficiência: por que o EPS é o escolhido pelas estruturas prontas

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Economia e eficiência: por que o EPS é o escolhido pelas estruturas prontas

Edificações que sofrem o impacto do calor excessivo ganham proteção térmica com a instalação de painéis em poliestireno expandido na face externa da alvenaria

A busca pelo conforto térmico das edificações, principalmente nas regiões brasileiras de clima quente, passa pela contenção do calor na face externa das fachadas, antes que penetre nos ambientes através das paredes, sejam elas de alvenaria ou concreto. Aquelas que utilizam o sistema construtivo com painéis monolíticos em poliestireno expandido (EPS) estão livres do excesso do calor e do frio que vêm de fora “O núcleo termoisolante dos painéis funciona como uma barreira térmica, garantindo um clima mais ameno no interior do imóvel”, afirma o engenheiro Denilson Rodrigues.

O núcleo termoisolante dos painéis funciona como uma barreira térmica, garantindo um clima mais ameno no interior do imóvel, Denilson Rodrigues

Mas, se a obra vai adotar sistemas construtivos convencionais, o projetista deve providenciar estudo da orientação solar, ponto de partida para definir a melhor implantação da edificação no terreno. Essa estratégia se soma à criação de aberturas de vãos que propiciem ventilação cruzada, de maneira a promover o conforto térmico. “Quando esses cuidados foram negligenciados, a solução é incorporar revestimentos térmicos às paredes mais aquecidas, conhecidos como EIFS, sigla do inglês Exterior Insulation Finish Systems”, indica.

O EPS é o revestimento mais utilizado, por suas características termoacústicas, custos mais baixos e fácil execução. As placas são instaladas na face externa de uma ou mais fachadas. É importante seguir o passo a passo da colagem do material e, também, revesti-lo com uma malha leve em fibra de vidro e argamassa, de maneira a assegurar uma proteção mecânica e uma base perfeita e nivelada, pronta para receber qualquer tipo de acabamento.

“Apesar de seu bom comportamento diante da umidade e do calor, o EPS precisa ser protegido de modo a garantir a manutenção de todas as suas características, conforme preconiza a norma NBR-11752”, alerta Rodrigues.

Apesar de seu bom comportamento diante da umidade e do calor, o EPS precisa ser protegido de modo a garantir a manutenção de todas as suas características, conforme preconiza a norma NBR-11752, Denilson Rodrigues

ESPECIFICAÇÃO DAS PLACAS EM EPS

As placas em EPS com a função de EIFS têm, em geral, 0,50 x 1,00 m e espessuras que vão de 3 a 20 cm. Lembrando que, no Brasil, a espessura necessária ao uso como barreira térmica para contenção do calor é, em média, de 5 a 8 cm. “Em países muito frios, com temperaturas de até 30 °C negativos, é comum o uso de placas em EPS com maiores espessuras”, diz, acrescentando que, quanto maior a densidade do material, melhores são suas características termomecânicas. “Ou seja, aumentam suas condições de impermeabilidade, absorvendo menos umidade, assim como é maior sua resistência a cargas e a temperatura”, explica.

É importante lembrar que a fixação dos painéis com a função de EIFS é diferente dos procedimentos para a instalação do sistema construtivo de painéis monolíticos em EPS no canteiro. “O Monopainel®, é constituído por uma série de elementos ao redor do núcleo termoisolante, como a malha de aço eletrossoldada que auxilia na distribuição das cargas. Sobre ela, é feita a projeção de argamassa armada, elemento que responde pela resistência estrutural do conjunto”, destaca.

Já os painéis EIFS devem ser protegidos por uma tela fina, do tipo “véu de noiva”, feita em fibra de vidro e encontrada em rolos no mercado, e aplicada juntamente à argamassa flexível de vedação.

COLAGEM DOS PAINÉIS

A instalação dos painéis na alvenaria começa pela limpeza da área e, caso esteja pintada ou com gesso, é preciso lixar para criar uma ponte de aderência. “É a mesma exigência da colocação de revestimentos cerâmicos”, observa. A colagem do material é feita com argamassa cimentícia flexível AC III – a mesma utilizada para molduras em EPS. “O papel da argamassa flexível é permitir que o conjunto trabalhe após a cura, sem apresentar fissuras”, ressalta.

A operação se repete na face externa das placas em EPS, que recebem, sem seguida, a tela fina. Usando a desempenadeira de aço, a tela é aplicada sobre a argamassa em estado ainda mole, onde ficará incorporada. O acabamento pode ser feito com qualquer tipo de material, desde peças cerâmicas até pintura.

Em edificações mais altas, principalmente, Rodrigues recomenda a fixação mecânica complementar dos painéis, através de bucha/arruela, com espaçamento de cerca de 40 cm. O momento certo dessa fixação é logo após a colagem na alvenaria. Esse cuidado evita que, no futuro, ocorram desplacamentos. “Numa placa de 0,50 x 1,00 m, são necessárias de seis a oito buchas, dependendo do fabricante”, comenta.

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