Como o EPS melhora o desempenho térmico de coberturas?

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Como o EPS melhora o desempenho térmico de coberturas?

Diversos materiais podem ser especificados em um projeto que prioriza o conforto térmico da edificação. Entre eles destacam-se as placas de EPS, moldadas a partir do poliestireno expandido de alta densidade. A solução tem em sua composição pequenas bolhas de ar que cumprem o papel de isolante térmico. Os painéis são posicionados nas coberturas ou telhados dos edifícios com o objetivo de reduzir a quantidade de calor transmitida entre os ambientes externo e interno. Por ser elemento bastante versátil e leve, é possível aproveitá-lo em conjunto com variadas tipologias de lajes.

Entre as características técnicas das placas está o coeficiente de condutibilidade térmica menor que 0,033 W/(m.K). “Tomando o número como base, o EPS pode ser considerado um bom isolante. Por apresentar pouca condutibilidade, aumenta a resistência térmica da composição da envoltória (parede ou cobertura) onde está empregado”, explica Monica Dolce, doutora na área de conforto térmico e sócia do escritório Dolce Arquitetura e Urbanismo.

De acordo com a especialista, apenas com a correta especificação e instalação dos painéis é possível reduzir gastos com energia. “Especialmente nas composições em que o isolamento está adequado ao clima local”, destaca, indicando que em determinados casos é possível até mesmo excluir completamente a necessidade de equipamentos de climatização artificial para conquistar o conforto térmico.

ESPECIFICAÇÃO

O zoneamento bioclimático do Brasil define que, na maioria das regiões do país, as coberturas sejam leves e isoladas. No entanto, em algumas áreas, a indicação é que a estrutura apresente características leves e refletoras, em conjunto com o controle da ventilação. A atenção especial se justifica porque nessas zonas, que são a minoria, o excesso de isolamento pode piorar as condições de calor no ambiente interno após horas de exposição à radiação.

“O nível de isolamento determina o tempo necessário para o ganho e a perda de calor”, comenta Dolce. Ou seja, o aquecimento do ambiente pode demorar, porém, o calor retido ao longo do dia também demandará um tempo maior para se dissipar. “Esse tipo de efeito não é desejado em regiões quentes”, complementa. Por isso, torna-se importante conhecer as características da região onde a edificação será construída antes de escolher o material isolante.

Particularidades da edificação também devem ser analisadas no momento de especificar o EPS ou demais alternativas que visam o conforto. “A quantidade de proteção necessária para evitar o excesso de isolamento, calculando o atraso e amortecimento térmico indicado para o local são exemplos”, diz a especialista, informando que, para o clima brasileiro, não há tantas exigências normativas para o isolamento. “Portanto, materiais mais leves e com grande quantidade de ar incorporado são bons para esse contexto climático”, completa.

Atualmente, o mercado da construção civil costuma utilizar elementos para isolação térmica nos telhados e coberturas de seus projetos. “O incomum é encontrar esse tipo de solução em autoconstruções, onde muitas vezes há falta de assistência técnica”, diz Dolce.

DIMENSÕES

As placas de EPS são oferecidas em diferentes dimensões. É possível encontrar no mercado produtos com 1000 x 500 mm ou 1000 x 1000 mm. Já a espessura varia entre 5 e 100 mm. Por ser um material de fácil manuseio e ter recorte simples que pode ser executado no canteiro, se adequa com facilidade a distintos desenhos arquitetônicos, desde os mais simples e comuns até aqueles sofisticados e complexos.

As necessidades de cada projeto indicarão as dimensões do produto que deverá ser adquirido. No formato de placas, o EPS é usado abaixo das telhas; no entanto, o poliestireno expandido também pode ser encontrado no interior de telhas isotérmicas, como uma espécie de ‘recheio’ de um ‘sanduíche’ formado por duas chapas metálicas.

INSTALAÇÃO

A presença das placas de EPS na cobertura da edificação não costuma exigir reforços estruturais no projeto, pois o material tem peso praticamente desprezível. “Isso quer dizer que, na maioria dos casos, pode ser especificado a qualquer tempo, pois não representará acréscimo significativo de carga para as lajes, vigas, pilares e muito menos na fundação”, ressalta o engenheiro Jefferson Dias de Souza Junior, presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece).

O material pode ser usado em qualquer tipo de laje, tanto nas pré-moldadas quanto nas executadas in loco. Segundo Dias, a ideia de utilizar EPS para minimizar os efeitos da temperatura tem dois resultados principais. O primeiro, sem dúvidas, é o conforto térmico — questão bastante valorizada atualmente, em especial, depois que a norma de desempenho ABNT NBR 15.575 entrou em vigor.

Já o segundo é a minimização da dilatação por efeito térmico. Em determinadas situações, a presença das placas de EPS proporciona grande economia por ser uma solução técnica apurada.

“Na maioria das obras de paredes de concreto e de alvenaria estrutural, por exemplo, costumamos soltar a cobertura do restante da torre em função dessa dilatação. Isso gera um detalhe técnico complicado com custo a ser computado e, muitas vezes, quando não é adequadamente executado vira um problema sério de patologia”, detalha o engenheiro.

Com isso, a presença do elemento de isolamento colabora diretamente na prevenção de futuras inconveniências. “A solução com proteção térmica é bastante adequada e altamente defensável tecnicamente, e o EPS pode ser especificado como parte desse sistema, visando minimizar o efeito de dilatação”, finaliza Dias.

Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br 

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