“Gadia House” comprova o valor do EPS

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“Gadia House” comprova o valor do EPS

A casa pertence à arquiteta Bia Gadia e é uma das primeiras residências em poliestireno expandido do país. A profissional especializou-se no sistema e tem obras construídas em vários pontos do Brasil

Dez anos depois de projetar e construir sua casa de 630 m² com EPS em Barretos (SP), a arquiteta Bia Gadia, titular do escritório que leva seu nome, comemora a marca de mais de 30 outras obras espalhadas pelo país utilizando esse sistema construtivo. “Sou procurada por quem quer uma construção sustentável, uma casa saudável e feita em poliestireno expandido”, conta, explicando que mantém uma equipe de engenharia e de mão de obra capacitada para trabalhar com o EPS.

Em sua casa, o material permitiu erguer paredes com pé-direito duplo e formatar os degraus da escada em balanço. Substituiu as peças cerâmicas na laje e o convencional concreto para estruturar a piscina sobre radier. Os painéis também são o suporte dos jardins verticais, solução que preserva a saúde da vegetação.

O valor sustentável da residência, denominada “Gadia House”, foi reconhecida por três organismos: fez parte do projeto piloto Referencial Casa, do Green Building Council (GBC); recebeu o prêmio Saint-Gobain – Habitat Sustentável, em 2014; e, há dois anos, conquistou a certificação Healthy Building Certificate (HBC) Nível A de Arquitetura, Saúde e Bem-estar do Ambiente Construído.

“O EPS contribuiu muito para a pontuação e para obter o mais alto nível na certificação, devido aos benefícios térmicos e acústicos que agrega à edificação”, comenta.

PROJETANDO E CONSTRUINDO COM EPS

Quando construiu sua casa, o custo nominal do sistema construtivo em EPS estava abaixo dos convencionais. Hoje se equivale, porém com ganhos comparativos que o tornam mais econômico. “Minha casa foi construída em oito meses, contra um ano e meio se tivesse optado pela alvenaria. É uma obra muito mais rápida e limpa, o que se traduz em importante redução de custos”, comenta.

Minha casa foi construída em oito meses, contra um ano e meio se tivesse optado pela alvenaria. É uma obra muito mais rápida e limpa, o que se traduz em importante redução de custos, Bia Gadia

O cliente que chega ao escritório de Bia Gadia não precisa ser convencido a usar o material, porque já o escolheu antecipadamente. “É alguém que está preocupado com sustentabilidade, economia, resíduos, de ter uma obra mais rápida, limpa e amigável com o meio ambiente. Além dos benefícios térmicos e acústico, ele sabe que é uma obra livre de umidade, mofo, fungos e bactérias”, expõe.

O sistema construtivo com painéis monolíticos em EPS, quando contraposto ao modular, apresenta a vantagem da liberdade projetual, ao permitir grandes vãos, ambientes em balanço e pé-direito duplo. “Já a construção modular limita a criatividade do arquiteto”, comenta Gadia, autora também de projetos de dois hospitais construídos com o sistema, em Barretos e em Andradina, e de um prédio de quatro pavimentos.

“Há poucos profissionais no mercado que conhecem, sabem projetar e construir com o material. Por outro lado, verifico a existência de grande demanda em todo o país. Meu escritório não consegue atender a todos que nos procuram”, complementa. A equipe de obras própria do escritório já não quer mais executar em sistema convencional. A razão é simples: enquanto constrói duas casas por ano com EPS, leva muito mais para a execução em alvenaria.

“Construir com painéis monolíticos é muito mais inteligente, porque é um ‘lego’ montado no canteiro. Na construção convencional, depois de tudo rebocado, é preciso sair quebrando para passar os dutos de elétrica e hidráulica. É muito entulho e desperdício. No EPS, basta abrir os sulcos para essas instalações antes da projeção da argamassa armada”, ressalta Gadia, lembrando que o EPS não propaga chamas, porque é tratado com aditivo retardante.

Construir com painéis monolíticos é muito mais inteligente, porque é um ‘lego’ montado no canteiro, Bia Gadia

SOLUÇÕES EM EPS NA OBRA

Vivendo em uma das primeiras casas construídas com o sistema, Bia Gadia assegura que não há um único dano, fissura ou infiltração de água. De casa teste a showroom, o local é visitado pelos clientes, que se impressionam: são dois pavimentos, com pé-direito duplo, laje de 5 m em balanço e vários elementos que também usam o EPS. “Eles veem o quanto o sistema é seguro e constatam o conforto térmico proporcionado aos ambientes, onde a temperatura fica entre 6 e 8 °C menor do que lá fora”, sublinha.

Para a execução da escada em balanço, armações metálicas deram suporte a cada degrau em painéis monolíticos. Depois de concretados, as escoras foram retiradas. O uso das lajotas em EPS na laje pré-moldada de concreto é defendida pela arquiteta. “É muito mais vantajoso, pois, ao contrário das cerâmicas, não quebra, é leve para o transporte até a cobertura e, ainda, proporciona isolamento térmico e acústico à edificação”, diz.

Piscinas construídas com painéis monolíticos, como a da “Gadia House, dispensam o uso de manta para reter a temperatura da água. “Com o EPS, a piscina é uma verdadeira caixa térmica que mantém a água sempre quente”, fala.

Jardins verticais criados em muros ou paredes que utilizam blocos de concreto geravam queixas dos clientes da arquiteta, devido à rápida deterioração das plantas. Como esse material absorve muito calor do sol, as raízes queimam com facilidade.

“Nos muros com painéis monolíticos em EPS, utilizei a tela em ‘U’ de reforço, própria do sistema, para compor os cochos que recebe as plantas. Conectados ao muro construído com o sistema, os cochos se integram, mantendo a umidade e temperatura mais agradável para as espécies, que não morrem”, explica, contando que o jardim vertical da sua casa tem mais de 12 m de altura.

COLABORAÇÃO TÉCNICA

Bia Gadia

Bia Gadia – É arquiteta e urbanista, especialista em Design de Interiores pela Universidade Veiga de Almeida (RJ), em Arquitetura Saudável e Sustentável pela Health Building Certificate (HBC); em Arquitetura Hospitalar pelo Albert Einstein e em Neurociência aplicada em Arquitetura pelo IPOG. Mestranda em Inovação em Saúde na Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (Facisb). Arquiteta PRO HBC Brasil e professora do MBA em Construções Sustentáveis e Saudáveis em parceria com o INBEC. Consultora do In- Home Saúde em Casa e do Grupo Doutor S/A. É CEO da Bia Gadia Arquitetura e Designer. Atua há mais de 20 anos no setor de saúde, numa arquitetura biopsicossocial voltada para saúde e bem-estar, com foco na experiência do usuário e na sustentabilidade.

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