Embalagens de madeira e papelão agravam problema e setor busca soluções como caixas de EPS para reduzir perdas e atender exigências internacionais
As exportações de frutas, legumes e verduras do Brasil enfrentam um problema invisível, mas de impacto bilionário: o uso de embalagens inadequadas durante o transporte. Embora tradicionais, as caixas de madeira e papelão apresentam sérias limitações que comprometem a qualidade dos alimentos, aumentam os custos logísticos e dificultam o cumprimento das exigências sanitárias internacionais.
Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), até 45% dos alimentos frescos produzidos na América Latina se perdem ao longo da cadeia logística, em grande parte por conta de falhas no armazenamento e transporte. No Brasil, dados da Embrapa mostram que as perdas pós-colheita de frutas, legumes e verduras chegam a 30%, uma estatística preocupante para um país que está entre os maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo.
Na prática, madeira e papelão absorvem umidade, o que facilita a proliferação de fungos, bactérias e pragas, um risco crítico em cadeias de alimentos frescos. Além disso, são materiais de difícil higienização e não podem ser esterilizados adequadamente, o que fere diretrizes sanitárias de diversos países importadores.
Outro desafio recorrente é a baixa resistência dessas embalagens. Caixas de papelão se deformam com facilidade quando expostas à umidade e empilhamento, enquanto estruturas de madeira podem lascar, soltar pregos ou farpas, danificando os produtos e elevando o índice de perdas no transporte.
No caso da madeira, o peso elevado é um agravante adicional: encarece o frete, sobretudo no transporte aéreo e marítimo. Já o uso único e o descarte frequente de embalagens danificadas contribuem para um volume crescente de resíduos de difícil reaproveitamento, em contradição com a agenda ESG que já pauta o setor agroindustrial.
Além disso, blocos econômicos como a União Europeia vêm apertando o cerco às exigências sanitárias e de rastreabilidade, exigindo que embalagens não sejam vetores de contaminação e que os produtos estejam protegidos por materiais seguros e higiênicos durante todo o transporte.
Diante desse cenário, soluções tecnológicas como as caixas da linha AgroBox®, desenvolvida pelo Grupo Isorecort, ganham protagonismo. Produzidas em EPS (Poliestireno Expandido), essas caixas são leves, resistentes e impermeáveis, o que garante maior proteção ao produto e uma significativa redução nas perdas por murchamento ou deterioração.
As Agrobox se destacam também por serem reutilizáveis, recicláveis e laváveis, características que facilitam a adoção de práticas sustentáveis e atendem com folga às normas internacionais de segurança alimentar. Além da proteção térmica natural do EPS, que ajuda a conservar a temperatura dos alimentos durante o transporte, a leveza do material reduz o custo por frete e facilita o manuseio em todas as etapas da cadeia logística.
Para empresas que atuam com exportação de hortifrúti, a mudança para soluções como a AgroBox® representa não apenas um ganho operacional, mas uma evolução estratégica rumo à modernização do agro brasileiro, mais seguro, mais eficiente e mais preparado para os desafios globais.