Por suas propriedades técnicas, o poliestireno expandido (EPS) está presente em diversos setores da construção civil. Agregando leveza e versatilidade, a solução tem espaço desde as fases iniciais de geotecnia até as mais avançadas de acabamento, como é o caso do forro de EPS.
“O produto é uma alternativa bastante utilizada no país, principalmente em projetos comerciais e corporativos”, afirma o arquiteto Caio Pelisson, titular do escritório de Arquitetura & Design Caio Pelisson. Por outro lado, a participação em obras residenciais ainda é pequena. “Como uma das características do sistema é a modulação, nem sempre é possível adequá-lo às curvas e desenhos sem executar muitos recortes”, explica.
De acordo com o profissional, os forros de EPS têm potencial de conquistar espaço no mercado residencial. “Para isso, seria interessante uma ação dos fabricantes visando se aproximar dos arquitetos, realizando divulgações direcionadas para detalhar as possibilidades de aplicação do sistema. Tendo o conhecimento necessário, os projetistas tratarão a solução como opção viável em seus próximos trabalhos”, avalia.
CARACTERÍSTICAS DO EPS COMO FORRO
No momento de especificar o tipo de poliestireno expandido que será empregado no forro, é preciso ter definido como será o tratamento acústico do ambiente. O som pode sofrer tanto o fenômeno de absorção quanto de refração dependendo do material utilizado. “Quando o EPS é mais poroso, ou seja, com densidade menor, o ruído é absorvido”, explica Denilson Rodrigues, consultor técnico do Grupo Isorecort.
EPS garante conforto termoacústico a módulos habitacionais no canteiro
Outra característica que o EPS deve ter para ser usado no forro é a presença de um elemento em sua composição que retarda a propagação das chamas, tornando-o autoextinguível. Com isso, o material se dissolve e não alimenta o fogo em caso de incêndio. “Esses produtos são considerados da Classe F”, comenta Rodrigues, destacando que, quando empregado na construção civil, o poliestireno expandido deve sempre ser dessa categoria.
CONFORTO TÉRMICO
A solução desempenha importante papel no conforto térmico do empreendimento, principalmente quando executada sob uma laje de cobertura. “O material cria uma camada de isolamento, evitando que o calor vindo da superfície superior seja transmitido para o ambiente interno”, comenta Pelisson. O bom desempenho do material como isolante térmico é explicado por sua composição: 98% de ar e 2% de matéria-prima.
Com o controle das trocas de temperatura entre ambientes externo e interno, a necessidade do ar condicionado acaba sendo reduzida. Em empreendimentos corporativos ou comerciais, onde o equipamento geralmente permanece em operação por longos períodos, a instalação desse tipo de forro representa economia financeira com a diminuição no consumo de energia elétrica.
ASSOCIAÇÃO COM OUTROS MATERIAIS
De fácil manuseio e recorte facilitado, o EPS permite que as luminárias sejam embutidas com tranquilidade no sistema. “Essa característica do material também permite uma integração mais simples com a estrutura que sustenta o forro, geralmente fabricada de alumínio”, diz Rodrigues. Como a sustentação e o poliestireno expandido têm baixo peso, sua instalação praticamente não representa impacto algum para a estrutura da edificação.
MODULAÇÃO E CUSTOS
A modularidade do sistema, além de facilitar futuras manutenções, permite que mudanças de layout sejam realizadas com tranquilidade. “Afinal, o conjunto pode ser montado e desmontado”, diz Pelisson, mencionando o custo como outra vantagem oferecida pela solução. “O forro de EPS é bem mais barato do que aquele fabricado a partir do gesso, por exemplo”, menciona.
DURABILIDADE
A durabilidade do forro de EPS é superior ao sistema composto pela madeira, porém semelhante à vida útil de outras opções convencionais, como o gesso. Além de evitar a proliferação de fungos, insetos e bactérias, o produto pode ser completamente reciclável no momento em que for descartado.
ACABAMENTOS
O forro de EPS pode receber diferentes revestimentos, como texturas de tecido, de PVC e pintura. Outra alternativa é deixá-lo ‘cru’, mantendo assim seu aspecto visual natural. “Nas laterais, o acabamento pode ser com sancas ou molduras. Inclusive, é bastante interessante usar nesses projetos as molduras de EPS, criando assim uma boa integração entre todo o conjunto”, finaliza Pelisson.
Para mais informações e detalhes técnicos, acesse www.isorecort.com.br