A leveza do sistema e sua elevada capacidade de isolamento térmico foram determinantes para a escolha
Em meio às montanhas da Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, a pequena Aiuruoca assiste à expansão de seu único hospital, o Júlio Sanderson, fundado há mais de um século pela Congregação Irmãs Vicentinas. “A edificação original foi objeto de várias ampliações e reformas ao longo dos anos”, conta a arquiteta, responsável pelo projeto em execução. A novidade nessa obra que acrescentou mais um pavimento aos seis já existentes é a utilização de painéis monolíticos em EPS, o Monopainel® – Sistema Construtivo em EPS.
A instituição já atendia a população local de pouco mais de 6 mil habitantes e a das cidades do entorno, quando chegou a pandemia do SARS-COV-2. “Naquele momento, para atender à crescente demanda, foi construído e se encontra em operação um novo pavimento com 750 m² destinado à internação desses pacientes, além de UTI e centro cirúrgico. No futuro, quando a Covid-19 for debelada, será mantido como andar de internação”, conta.
A segunda etapa da ampliação está em plena execução, com as obras do último pavimento que também tem 750 m². Ambos os andares são divididos em dois blocos. O projeto que aumentou em 31 o número de leitos de internação e em 10 de UTI permite a realocação das atividades que antes estavam distribuídas pelos demais andares.
MONOPAINEL® DE FECHAMENTO
Para a construção do último pavimento, o desafio foi especificar sistemas mais leves, considerando a estrutura antiga da edificação. A escolha recaiu sobre estrutura metálica e fechamento em alvenaria adotando o Monopainel® de fechamento, que não apresenta função estrutural. A obra foi viabilizada graças à leveza do Monopainel® para a criação das paredes internas, tanto dos quartos de internação quanto da UTI.
“Fornecemos para a obra 788 m² de Monopainel® de fechamento. O sistema é dotado de núcleo de EPS do tipo 2F com 8 cm de espessura, envolto em malhas de aço eletrossoldadas. A finalização é feita com argamassa de 2 cm de cada lado, num total de 12 cm”, explica engenheiro.
“Optamos por um sistema construtivo moderno, que atende totalmente as necessidades exigidas no projeto. O sistema em EPS, além de ser muito mais leve que a alvenaria convencional, proporciona isolamento térmico e acústico”, destaca. Segundo o engenheiro, a direção do hospital privilegiou o sistema em EPS por sua elevada capacidade de isolamento térmico.
“Além disso, por se tratar de ambiente de saúde que exige a máxima assepsia, foi abandonada a opção pelo drywall, solução adotada na criação do pavimento de internação de Covid-19. Isto porque o material sofre danos quando molhado pela água da limpeza, necessitando de manutenção mais frequente”, relata o engenheiro, lembrando que os painéis em EPS podem ser instalados até mesmo em áreas molhadas e receber qualquer tipo de acabamento, com ótimo desempenho e elevada vida útil. No hospital, serão pintados com tinta acrílica lavável em tom bege.
A arquiteta identifica o Monopainel® como um sistema de fácil manuseio e montagem, que otimiza o processo construtivo e reduz significativamente a geração de resíduos. “Essa tecnologia permite uma montagem rápida e flexível, podendo ser inserida na sua estrutura o sistema elétrico e hidráulico”, diz ela. A equipe de execução não teve dificuldades em aprimorar suas habilidades e aprender as novas técnicas de utilização do Monopainel®.
“Os painéis monolíticos em EPS são produzidos sob encomenda pelo fornecedor, já com o detalhamento de todo o material que será necessário. As peças chegam ao canteiro de obra como um ‘quebra-cabeça’, a ser montado no local. Isso também traz mais rapidez para a execução da obra”, diz a arquiteta.
