Kit hidráulico traz eficiência e agilidade para obras com painel de fechamento

kit-hidraulico_Olho$$17301

Kit hidráulico traz eficiência e agilidade para obras com painel de fechamento

Fabricado sob medida, produto minimiza o desperdício de materiais e aumenta a produtividade reduzindo entre 30% e 50% o tempo gasto nessa fase da construção

A execução de instalações hidráulicas, geralmente, resulta em perdas de materiais devido à necessidade de cortes e emendas em canos. E os kits industrializados são uma alternativa para eliminar os desperdícios e aumentar a produtividade. O sistema pode chegar já pronto ao canteiro, sendo necessária somente sua conexão ao restante da rede. “A solução reduz entre 30% e 50% o tempo gasto nessa fase da construção”, informa o engenheiro Sergio Aparecido de Souza, sócio da Fare Engenharia.

O produto pré-fabricado garante a padronização dos materiais e total conformidade ao projeto, assegurando que o desempenho esperado seja, de fato, atingido. “Outra vantagem é a possibilidade de realização de teste em ambiente controlado”, cita o engenheiro Marcelo Tasca dos Reis Corrêa, diretor técnico operacional da Ditec Engenharia e Consultoria. “Com menos etapas na execução, há atenuação do risco de acidentes de trabalho”, afirma o engenheiro Cláudio dos Reis Corrêa, diretor de Consultoria da Ditec Engenharia e Consultoria.

Os kits hidráulicos são indicados para qualquer tipo de empreendimento, seja ele residencial, comercial ou corporativo. “O principal uso acontece em edificações onde há muitas repetições do mesmo sistema, por exemplo, em prédios com diversos apartamentos. Nesse caso, a construtora envia um único projeto para a indústria, que fabrica a quantidade necessária de kits para atender a todas as unidades”, explica Souza. A solução marca presença em construções de variados segmentos, do popular ao de alto padrão.

“O principal uso [dos kits hidráulicos] acontece em edificações com muitas repetições do mesmo sistema. Nesse caso, a construtora envia um único projeto para a indústria, que fabrica a quantidade necessária de kits para atender a todas as unidades”, Sérgio Aparecido de Souza

PROJETO

É possível encontrar diferentes tipos de kit hidráulico, sendo que cada um deles atende a necessidades específicas. Há, por exemplo, o simples, pensado especificamente para a distribuição de água fria. Existem também os mais elaborados, que podem substituir toda a instalação feita dentro de um shaft. “Quando a construtora opta por essa solução, devem ser feitos ajustes no planejamento hidráulico, visando facilitar a fabricação dos protótipos”, comenta Tasca. Por isso, o ideal é que a escolha dos kits aconteça no início da fase de projeto.

A utilização do produto industrializado pressupõe a criação de instalações mais compactas, o que deve ser seguido pelo projetista, de maneira a viabilizar o aproveitamento da tecnologia. “Com o projeto executivo pronto, devem ser realizados ensaios com a montagem de um kit protótipo — que já tenha todos os padrões e medidas reais. Se os resultados obtidos estiverem dentro do esperado, é liberada a produção em massa”, diz Cláudio.

“Com o projeto executivo pronto, devem ser realizados ensaios com a montagem de um kit protótipo — que já tenha todos os padrões e medidas reais. Se os resultados obtidos estiverem dentro do esperado, é liberada a produção em massa”, Cláudio dos Reis Corrêa

Os kits são entregues no canteiro total ou parcialmente prontos. Isso dependerá, basicamente, do tamanho das tubulações. Em alguns casos, por questões de logística, é mais interessante criar uma linha de montagem no próprio canteiro para finalizar o procedimento que começou na indústria. A disponibilidade de mão de obra e espaço livre também interfere na escolha. “É importante se planejar para que o custo-benefício do frete compense e seja diluído ao se transportar a maior quantidade possível de kits”, orienta Tasca.

INSTALAÇÃO

Para o sucesso da instalação deve-se seguir fielmente o que foi definido em projeto, pois como o material já estará montado quando for conectado à rede, a ocorrência de erros será praticamente nula. “Também é preciso atenção com a profundidade dos kits quando colocados em paredes de alvenaria”, alerta Souza. Se o material for instalado muito no fundo, será necessário o uso de prolongadores, que acabam encarecendo o produto.

“Por outro lado, se ficarem muito para fora acabam dificultando a execução do acabamento nas áreas próximas a registros e torneiras”, destaca o titular da Fare Engenharia. Já no caso dos kits de esgoto, é recomendada a criação de um gabarito para marcação da furação. Com esses dados em mãos, é possível ir repetindo as furações em todos os andares, sem riscos de alterar erroneamente a posição de ralos e grelhas.

Depois de montados, é aconselhada a realização de testes de estanqueidade. Nos sistemas com água fria ou quente, o encanamento é preenchido com água e recebe a pressão de uma bomba. Com uso de um nanômetro, é possível verificar se existem ou não vazamentos.

INTEGRAÇÃO ENTRE KITS E SHAFTS

Durante os testes com o kit protótipo, a integração entre o sistema e o shaft também precisa ser analisada. É nessa fase que medidas e prumadas são compatibilizadas. Essa conexão também é influenciada pelo método construtivo de cada empreendimento. Quando o shaft é isolado e sem acesso dos moradores, é possível prever somente uma derivação para ligação com os kits. “Por outro lado, se ficarem abertos, a fixação dos produtos industrializados precisa ser reforçada”, observa Souza.

NOVIDADE

Uma novidade que está chegando ao mercado é o painel de fechamento com kit hidráulico, patenteado pelo Grupo Isorecort. O material é composto por uma ou mais peças em EPS recortadas (de acordo com as medidas definidas em projeto) com toda a superfície externa revestida com uma argamassa cimentícia flexível, responsável pela resistência, impermeabilidade e segurança. A solução é fácil de montar, sendo necessário somente acoplá-la na parede e encaixar o kit hidráulico na tubulação do ramal principal.

Como o EPS é facilmente recortado, qualquer tipo de ajuste pode ser realizado de maneira simplificada. Além disso, o material é extremamente leve, o que facilita o transporte e o manuseio. O shaft de EPS não necessita de chapisco, o que permite que acabamento (azulejo ou equivalente) seja aplicado diretamente sobre a peça. Devido à matéria-prima empregada, ela não sofre com a ação da umidade ou com a proliferação de fungos.

O EPS utilizado em shafts está de acordo com os padrões da ABNT NBR 11.752:2016 — Materiais Celulares de Poliestireno para Isolamento Térmico na Construção Civil e Refrigeração Industrial — Especificação.

COLABORAÇÃO TÉCNICA

marcelo-tasca-dos-reis-correa

Marcelo Tasca dos Reis Corrêa – Graduado em Engenharia de Controle e Automação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), em 2006, e pós-graduado em Especialização em Automação Industrial pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2009. Possui mais de 10 anos de experiência em instalações, incluindo gerenciamento, desenvolvimento, execução, fiscalização e comissionamento de empreendimentos prediais ou industriais. Em 2009, assumiu a diretoria técnica da Ditec Engenharia e Consultoria.

claudio-dos-reis-correa

Cláudio dos Reis Corrêa – Graduado primeiramente como Técnico em Eletrotécnica pelo Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig), em 1974, e, posteriormente, em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), em 1980. Possui mais de 35 anos de experiência em instalações, incluindo gerenciamento, coordenação, execução, treinamento, fiscalização e comissionamento de empreendimentos residenciais, prediais ou industriais. Fundador da Ditec, em 2002, ocupa o cargo de diretor de consultoria e atua como consultor sênior de instalações.

sergio-aparecido-de-souza

Sérgio Aparecido de Souza – Titular da Fare Engenharia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Inscreva-se!

Insira seu e-mail no campo a baixo para saber de todas as novidades sobre EPS!