Se comparado a materiais como a madeira, o poliestireno expandido tem “poder calorífico” muito menor. Na construção civil, 100% do material é tratado com aditivo retardante a chama
O poliestireno expandido (EPS) é, entre todos os materiais plásticos o mais seguro diante do fogo – legítima preocupação do setor da construção civil com tudo o que embarca nas obras. A razão é simples: da mesma forma que as pérolas de poliestireno se expandem mediante vapor de água, dando origem aos blocos e placas, elas retornam ao volume original a partir dos 80/100 °C. Ou seja, diante do fogo o EPS “encolhe”, pois é constituído por apenas 2% de matéria-prima (poliestireno) e 98% de ar.
Para se ter uma ideia do que isso representa, 1 m³ de EPS – o equivalente a uma caixa-d’água de 1.000 litros – tem a mesma quantidade de material plástico de quatro garrafas PET de 2 litros, vazias, gerando carga térmica similar. “Trata-se, portanto, de uma baixa carga térmica, para elevado volume de material”, comenta o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor Técnico do Grupo Isorecort.
Aditivado e seguro
Além desse comportamento, 100% do EPS utilizado na construção civil é classe “F”, ou seja, aditivado com retardante à chama, que evita a propagação de incêndios. Mediante uma fonte de ignição – um fósforo, por exemplo – e oxigênio, o EPS tipo “F” se retrai, ‘encolhe’, sem entrar em combustão.
“Cessando a fonte de ignição, cessa a retração e o risco da fusão e da autoignição. Este ponto é bem interessante, pois, se a fonte de ignição permanecer estática, a retração do EPS o afastará da chama”, explica, destacando que o poliestireno só entra em autoignição a partir dos 500 °C e diante da presença de oxigênio.
Apenas o EPS tipo “P”, mediante uma fonte de ignição e oxigênio, entrará em combustão, mesmo após cessar a ignição. Os gases e fumaça que produz quando queima têm toxidade e intensidade inferior a outros plásticos e, até mesmo, a materiais naturais como a madeira e equivalentes.
Ao se analisar a contribuição dos materiais à carga de incêndio, é fato que quanto mais densa a massa, maior o potencial energético. Na comparação que Rodrigues faz, o EPS tem densidade que vai de 10 a 48 kg/m³ e a madeira tem entre 600 e 750 kg/m³. “Conclui-se que o ‘valor calorífico’ da madeira é consideravelmente maior do que o do EPS, contribuindo sobremaneira com a carga de incêndio”.
Independentemente do tipo de uso, o poliestireno expandido entra na construção civil em condições de confinamento, sem contato com o oxigênio, pois estará recoberto com argamassa ou chapas metálicas. Exemplos não faltam, como os painéis monolíticos, telhas sanduíche, lajotas para lajes pré-fabricadas, placas para elevação de pisos ou blocos para uso em geotecnia.
Para buscar mais informações sobre produtos em EPS, acesse isorecort.com.br
Respostas de 2
Excelente explicação!!
Agradecemos muito o seu feedback, Ju.
Fique a vontade para sugerir mais pautas.