Leveza, resistência e produtividade são alguns dos benefícios, tanto na fase de obras quanto de ocupação do empreendimento. Entenda
Quem é leigo em engenharia e construção civil pode achar estranha a ideia de usar EPS na construção de lajes. No entanto, o material oferece muitas vantagens para a cobertura da edificação, inclusive auxiliando no controle da temperatura de ambientes internos. As peças de EPS também colaboram com a redução dos consumos de concreto e aço ao substituir as tradicionais lajotas de cerâmica. Veja, a seguir, suas principais características:
1 – LEVEZA
“O EPS é uma alternativa com baixa densidade, o que diminui consideravelmente o peso da laje e, consequentemente, os esforços sobre estruturas e fundações”, relata o engenheiro Rodrigo Rocha Carvalho, sócio-proprietário da Rodrigo Carvalho – Engenharia de Estruturas. Uma laje com 200 m2 com peças de EPS do modelo H9 chega a ser 10 toneladas mais leve do que uma laje feita com lajotas cerâmicas do tipo H8.
2 – RESISTÊNCIA
“Como toda novidade, havia dúvidas quando a solução começou a ser usada no país, há mais de 10 anos. Mas foram feitos vários estudos que comprovaram que ela atende aos requisitos técnicos e de resistência. Atualmente, os profissionais do setor têm pleno domínio sobre o material”, conta o engenheiro Marcelo Freitas Ferreira, professor da Univates.
Esse tipo de laje é composto por vigas de concreto e armadura metálica treliçada — estrutura que sustenta as peças de EPS. Depois que todas as placas são posicionadas, é realizada a concretagem. Como o isopor não tem função estrutural, mas de preenchimento, a resistência da laje pode ser comparada a das lajes construídas com elementos cerâmicos.
3 – ECONOMIA DE MATERIAIS
As lajes de EPS refletem diretamente na redução de consumo de materiais. “Com a diminuição do peso da laje, o projetista consegue dimensionar a estrutura a fim de minimizar a quantidade de vigas e pilares”, afirma Freitas. Com menos elementos de apoio, tanto o uso de concreto quanto de armaduras de aço acaba sendo menor — o mesmo acontece com as estruturas e a fundação da edificação, que ficam sujeitas a cargas reduzidas.
A economia com o concreto também é potencializada pelo tipo de laje. “São estruturas nervuradas, consideradas a melhor solução quando o projeto pede uma combinação de cargas e vãos elevados. Quando substituem as lajes maciças — outra opção disponível para edificações —, representam uma redução interessante no consumo do concreto”, informa Carvalho.
4 – PRODUTIVIDADE
Levando em consideração o descarregamento dos caminhões que chegam à obra e a montagem da laje, o ganho com produtividade pode chegar a 50%. O principal fator que explica tamanho benefício é o peso reduzido das lajotas de EPS em comparação às de cerâmica. Por serem mais leves, os operários conseguem transportá-las mais facilmente pelo canteiro, além de terem menor dificuldade para subir com elas até a laje.
“A questão da mão de obra também está relacionada ao desperdício de materiais. Como toda a logística é mais simples, o índice de peças quebradas durante o manuseio tende a ser menor”, ressalta o professor da Univates. Além disso, como existe redução na quantidade de insumos utilizados durante a concretagem, o procedimento costuma ser mais rápido do que o das lajes convencionais, com peças cerâmicas.
5 – SEGURANÇA
A segurança do trabalho no canteiro é elevada com o uso do isopor nas lajes. Em construções com peças de cerâmica, é comum o desprendimento de algumas placas durante a montagem. Ao atingir o piso, o material se parte em diversos pedaços, que podem acabar ferindo os profissionais. Por outro lado, a lajota de EPS não oferece esse risco por ser mais resistente à quebra.
Segundo Freitas, para garantir a segurança, são necessários pequenos cuidados durante o procedimento de concretagem. O concreto deve ser lançado de uma altura máxima de 15 cm e toda a movimentação sobre a laje em construção precisa ser feita sobre madeiras apoiadas nas vigas — ações que ajudam a evitar a quebra das lajotas. Além disso, não se deve acumular todo o concreto em um único ponto, pois isso pode causar danos ao material.
6 – ANTICHAMAS
O isopor ainda colabora com a segurança da edificação em caso de incêndios. O EPS usado na construção civil é da classe F — que recebe tratamento especial antichamas. Caso o edifício pegue fogo, o isopor não vai propagar as chamas, porque o material se extingue quando exposto a altas temperaturas. Por não cumprir função estrutural, também não oferece riscos à integridade da laje.
7 – ESPAÇO PARA SISTEMAS HIDRÁULICO E ELÉTRICO
No interior das lajes, são acomodados os componentes hidráulicos e elétricos. O corte nas placas de EPS é mais preciso e rápido do que nas de cerâmica, tornando ainda mais simples a execução desses sistemas. “Devido ao modelo de ferragens em treliça, a instalação é mais prática. O espaço disponível na estrutura é sempre suficiente”, destaca Carvalho.
8 – ISOLAMENTO TÉRMICO
Considerado o grande diferencial das lajes de EPS, o conforto térmico é garantido pela combinação entre esse material e o concreto. O isopor, aliado à correta espessura da laje, também garante ambientes internos mais agradáveis. Para conquistar tal benefício, a elaboração de um bom projeto é fundamental (estudo prévio indicará quais serão os reais ganhos).
9 – ISOLAMENTO ACÚSTICO
“Existem construtoras que utilizam o isopor em lajes de piso. Logo acima dessa estrutura, no contrapiso, são empregadas pérolas de EPS. A combinação atenua bastante os ruídos que se espalham entre os pavimentos”, ressalta Freitas. Essa é uma solução interessante para o atendimento do quesito “atenuação sonora dos sistemas construtivos”, previsto na ABNT NBR 15.575 — Desempenho de Edificações Habitacionais. “O material está entre as principais alternativas que reduzem a passagem de som de um andar para o outro”, concorda Carvalho.
10 – SUSTENTABILIDADE
O EPS é um material totalmente reciclável. Os benefícios ao meio ambiente são obtidos com a redução de resíduos produzidos na obra — com menor quebra de peças e menos desperdício com os cortes (que são mais precisos) — e a economia com materiais. Por fim, o desempenho térmico do produto colabora com a eficiência energética da edificação, reduzindo o uso de ar-condicionado.
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